Doença das Carótidas. Para que nosso sistema vascular funcione perfeitamente, é preciso que todas as veias, artérias e vasos que o compõem estejam saudáveis e em plena sintonia. Quando alguma dessas estruturas apresenta um mau funcionamento, pode acarretar no surgimento de diversas doenças.
O entupimento das carótidas por exemplo é uma situação que pode favorecer o surgimento de condições como o Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como AVC. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a Doença das Carótidas e o que acontece quando essas artérias entopem.
As carótidas são artérias presentes no sistema vascular que se localizam na parte lateral do pescoço fazendo a ligação entre o coração e o cérebro. Sua principal função é levar o sangue arterial recém bombeado até a cabeça para a irrigação cerebral.
Assim como acontece com outros órgãos e partes do corpo, as artérias também podem sofrer com condições capazes de prejudicar seu funcionamento, fazendo com que a irrigação de sangue e oxigênio do cérebro seja parcial ou completamente interrompida.
A doença das carótidas, também conhecida como aterosclerose das artérias carótidas, nada mais é do que uma condição caracterizada pela aglomeração de placas de gordura depositadas no interior das artérias, resultando em seu estreitamento.
Com as paredes da artéria mais estreitas, o fluxo sanguíneo passa a ter dificuldade em circular pela região, provocando muitas vezes o refluxo sanguíneo ou a falta de oxigenação e irrigação de tecidos e órgãos.
Qualquer condição que possa levar ao bloqueio e estreitamento das carótidas é considerada uma possível causa para o desenvolvimento da Doença das Carótidas.
As obstruções podem estar ligadas ao acúmulo de cálcio, colesterol e até mesmo tecidos fibrosos. Podendo ser percebidos com mais frequência em pacientes com mais de 75 anos. No entanto, isso não quer dizer que pessoas mais jovens não podem ser afetadas pela doença.
Em sua grande maioria, os casos de doença das carótidas são considerados assintomáticos, ou seja, não causam nenhum tipo de sintoma no paciente acometido. O que acontece é que essas obstruções podem aumentar as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) e aí sim os sintomas começam a surgir.
Tonturas, alterações na fala, confusão mental, mudança na marcha, fraqueza nos membros, dormência, assimetria facial e crises convulsivas são alguns indícios relatados por pacientes que enfrentaram quadros de AVC.
O primeiro e mais importante passo é diagnosticar a doença carotídea de preferência antes do aparecimento de complicações graves como o acidente vascular cerebral. E para isso, o paciente deve realizar check-ups periódicos com seu médico angiologista de confiança.
Ao desconfiar da condição, um exame de ultrassom Doppler pode ser solicitado a fim de monitorar e identificar a formação de placas de gordura no interior da carótida. Em pacientes com mais de 60 anos, esse exame deve ser solicitado com mais frequência como um preventivo.
Ao confirmar o diagnóstico e estabelecer o grau de entupimento das artérias, o médico responsável pelo caso indicará a melhor forma de tratamento. Geralmente, o paciente precisará adequar seu estilo de vida a um mais saudável, praticando exercícios físicos regulares e mantendo uma alimentação equilibrada.
Também existem casos onde a melhor saída é a ingestão de medicamentos ou a realização de procedimentos cirúrgicos para a liberação das paredes afetadas pelo estreitamento. Em caso de dúvida, busque ajuda de uma segunda opinião médica.